O matcha é um tipo de chá verde em pó, originário do Japão e ele vem conquistando adeptos ao redor do mundo e não é por acaso. Este chá é rico em antioxidantes poderosos, que ajudam a proteger a pele do envelhecimento precoce e fortalecem o sistema imunológico. A combinação da cafeína e L-teanina, proporciona energia constante e melhora da concentração, diminuindo aquele “baque” que muitas pessoas sentem ao longo do dia.
É como ter um impulso suave de energia que acompanha você em todas as tarefas, desde reuniões de trabalho até a rotina familiar. O matcha também ajuda a equilibrar o metabolismo, tornando-se um complemento natural para quem busca bem-estar e vitalidade. Para aqueles desejam sensações que vão além da vitalidade, o matcha pode ser um aliado no bem-estar emocional. Seus componentes promovem relaxamento e reduzem a ansiedade (o grande mal do século), contribuindo a manter o equilíbrio, mesmo nos dias mais estressantes. Além disso, ele também auxilia na queima de gordura por otimizar o metabolismo corporal.
Mais do que um chá, o matcha é um ritual de autocuidado. Prepará-lo pode ser uma pausa consciente em meio à correria, seja quente para aquecer o corpo e a mente, ou seja, frio, em receitas criativas como smoothies e máscaras de beleza. O segredo está na qualidade do pó e na forma correta de preparo, garantindo que seus nutrientes se mantenham intactos. O matcha é muito mais do que uma tendência, ele nos faz lembrar que a saúde e a beleza começam de dentro para fora e que, pequenas escolhas diárias, podem transformar nosso cotidiano, deixando-o mais leve e natural.
Se você ainda não experimentou, que tal se permitir essa experiência? Uma xícara de matcha pode ser o ponto de partida para dias mais leves, cheios de energia e com aquele toque especial de amor-próprio que toda mulher merece. Veja onde consumir pronto ou comprar.
Por Claudius Suladhi, especial para a Saúde da Mulher
01/06/2025
Em um mundo cada vez mais dinâmico, manter uma alimentação equilibrada é essencial para a saúde de qualquer pessoa. No entanto, as mulheres, possuem necessidades nutricionais específicas que variam ao longo da vida — desde a adolescência até a menopausa. Incorporar os alimentos certos na dieta pode ajudar a prevenir doenças, combater sintomas relacionados ao ciclo menstrual, melhorar a saúde óssea, mental, hormonal e até mesmo influenciar, positivamente, o humor e a disposição de mulheres que, cada vez mais, precisam de uma dosagem extra de energia para dar conta das múltiplas tarefas que desempenham no dia a dia.
1. Vegetais verde-escuros: aliados do bem-estar geral
Brócolis, espinafre, couve e rúcula são exemplos de vegetais ricos em vitaminas A, C, K e ácido fólico. Além disso, contêm fibras, importantes para a saúde intestinal, e antioxidantes, que combatem o estresse oxidativo no organismo. O ácido fólico, por exemplo, é especialmente importante para mulheres em idade fértil, já que auxilia na prevenção de defeitos no tubo neural em gestações não planejadas.
2. Cálcio e vitamina D: fortalecendo os ossos
A osteoporose é uma condição mais comum entre as mulheres, principalmente, após a menopausa, quando há redução dos níveis de estrogênio — hormônio que protege os ossos. Alimentos como leite, iogurte, queijos magros, sardinha (com os ossos) e tofu fortificado com cálcio são fundamentais para manter a densidade óssea. A vitamina D, encontrada em peixes gordurosos como salmão e atum, além de ovos e alimentos fortificados, ajuda na absorção do cálcio.
3. Fermentados: cuidando da saúde intestinal e imunológica
Alimentos probióticos, como iogurtes naturais com lactobacilos vivos, kefir, chucrute e kombucha, contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Um intestino saudável está diretamente ligado à imunidade, saúde mental e, até mesmo, à prevenção de infecções urinárias e vaginais, muito comuns no público feminino.
4. Frutas vermelhas: poderosas contra o envelhecimento precoce
Morangos, amoras, framboesas e mirtilos são ricos em antioxidantes, especialmente antocianinas, que ajudam a combater os radicais livres e promover a saúde cardiovascular e da pele. Além disso, são baixos em calorias e altos em fibras, sendo ótimos aliados para controlar o açúcar no sangue e manter a saciedade.
5. Linhaça: fonte de ômega-3 e lignanas
A linhaça é rica em ômega-3, um tipo de gordura essencial que contribui para a saúde do coração e do cérebro. Também contém lignanas, compostos vegetais com propriedades antioxidantes e estrogênicas fracas, que podem ajudar a regular os hormônios e reduzir sintomas da TPM e da menopausa. É ideal consumi-la moída, para melhor absorção.
6. Grãos integrais: energia sustentável e controle hormonal
Arroz integral, aveia, quinoa e pão integral são excelentes fontes de carboidratos complexos e fibras. Eles ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue, controlar o apetite e manter o equilíbrio hormonal. Estudos também associam o consumo regular de grãos integrais à redução do risco de síndrome metabólica e diabetes tipo 2.
7. Chá-verde: aliado da concentração e da perda de peso
Rico em polifenóis e catequinas, o chá-verde é conhecido por seus efeitos termogênicos e antioxidantes. Pode ajudar na perda de peso, melhora a função cerebral e contribui para a saúde cardiovascular. Sua cafeína moderada pode ser útil para aumentar a concentração sem causar oscilações bruscas no humor.
É importante lembrar que cada mulher é única. Fatores como idade, histórico familiar, condições médicas pré-existentes e estilo de vida, devem ser considerados ao montar uma dieta equilibrada. “O ideal é sempre buscar orientação de um nutricionista ou médico”, destaca a Dra. Ana Clara Ferreira, nutróloga especializada em saúde feminina. “Alguns alimentos podem ter contraindicações em determinadas fases da vida, como a gravidez ou uso de medicamentos.”
Investir em uma alimentação consciente e balanceada é um ato de cuidado com o próprio corpo. Os alimentos aqui mencionados não apenas promovem a saúde física, como também, colaboram para o bem-estar emocional e mental. Ao incorporar esses nutrientes em seu dia a dia, a mulher dará um passo importante rumo à autonomia sobre sua saúde e qualidade de vida.
Fontes consultadas:
Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (SBGO)
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
Dra. Ana Clara Ferreira – Nutróloga CRM: 123456
A saúde da mulher no Brasil é um tema multifacetado que envolve questões biológicas, sociais, econômicas e culturais. Apesar dos avanços significativos nas últimas décadas, o país ainda enfrenta desafios estruturais e de acesso que impactam diretamente a qualidade de vida das mulheres. Este artigo busca explorar os principais aspectos da saúde feminina no Brasil, desde políticas públicas até questões de desigualdade e direitos reprodutivos.
21/04/2025
A atenção à saúde da mulher no Brasil começou a ganhar destaque, principalmente, após a promulgação da Constituição Federal de 1988, que estabeleceu o Sistema Único de Saúde (SUS) como um direito universal. A criação do SUS representou um marco ao garantir acesso gratuito e igualitário aos serviços de saúde para todos os cidadãos, independentemente de gênero, classe social ou localização geográfica.
Nos anos seguintes, programas específicos foram desenvolvidos para atender às necessidades das mulheres. Entre eles, destacam-se:
Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (2000): Buscou melhorar a qualidade do atendimento durante a gestação, parto e pós-parto.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (2004): Estabeleceu diretrizes para abordar temas como planejamento familiar, prevenção de câncer de mama e colo uterino, violência contra a mulher e promoção da equidade de gênero.
A Lei Maria da Penha: Foi sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com 46 artigos distribuídos em sete títulos, ela cria mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher em conformidade com a Constituição Federal.
Rede Cegonha (2011): Criada para garantir assistência integral à saúde materno infantil, desde o pré-natal até os primeiros meses de vida do bebê.
Essas iniciativas refletiram um esforço importante para reduzir as taxas de mortalidade materna e infantil, além de ampliar o acesso a exames preventivos e tratamentos especializados.
1. Redução da Mortalidade Materna
Um dos grandes avanços na saúde da mulher no Brasil foi a queda na taxa de mortalidade materna. Entre 1990 e 2020, houve uma redução significativa nesse indicador, embora ele ainda esteja acima da meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Fatores como o aumento do número de partos realizados em hospitais, a melhoria no acompanhamento pré-natal e o acesso a exames laboratoriais, contribuíram para esse progresso.
2. Prevenção ao Câncer de Mama e Colo Uterino
O câncer de mama e o câncer do colo do útero são as principais causas de morte por câncer entre as mulheres brasileiras. Nos últimos anos, campanhas como o "Outubro Rosa" e o "Janeiro Branco" ajudaram a conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce. Além disso, o SUS oferece mamografias gratuitas para mulheres a partir dos 40 anos e testes de Papanicolau para detecção do câncer cervical.
3. Planejamento Familiar e Direitos Reprodutivos
O acesso a métodos contraceptivos e informações sobre planejamento familiar também melhorou nos últimos anos. A Lei nº 9.263/1996 regulamentou o direito das mulheres de decidirem sobre o número de filhos e o intervalo entre gravidezes. No entanto, debates sobre aborto legal e seguro continuam sendo tabus em muitas regiões do país.
Apesar dos avanços, a saúde da mulher no Brasil ainda enfrenta diversos desafios:
Desigualdades Regionais
As disparidades regionais permanecem um obstáculo significativo. Enquanto as regiões Sul e Sudeste apresentam melhores índices de saúde feminina, o Norte e o Nordeste enfrentam dificuldades relacionadas à infraestrutura precária, falta de profissionais qualificados e baixa cobertura de serviços básicos.
Violência Contra a Mulher
A violência doméstica e sexual continua sendo uma grave ameaça à saúde física e mental das mulheres. De acordo com dados do Ministério da Saúde, milhares de casos de agressão são registrados anualmente, mas muitos ainda não chegam ao conhecimento das autoridades, devido ao medo, vergonha ou dependência financeira das vítimas.
Subfinanciamento do SUS
O SUS, embora seja uma conquista histórica, enfrenta sérios problemas de subfinanciamento. A Emenda Constitucional nº 95/2016 limitou os investimentos públicos em áreas essenciais, incluindo a saúde, comprometendo a capacidade do sistema de atender à crescente demanda por serviços de qualidade.
Saúde Mental
A saúde mental das mulheres também merece atenção especial. Estudos mostram que elas são mais propensas a desenvolver transtornos como depressão e ansiedade, muitas vezes, associados a fatores como sobrecarga de trabalho doméstico, desigualdade de gênero e pressão social.
Para superar esses desafios, é necessário adotar medidas concretas que garantam maior equidade e eficiência na saúde da mulher:
Fortalecimento do SUS: Ampliação dos recursos destinados ao sistema de saúde pública, com foco na capacitação de profissionais e modernização dos equipamentos.
Combate à Violência: Implementação de políticas integradas entre os setores de saúde, segurança pública e justiça para proteger as mulheres vítimas de violência.
Educação e Conscientização: Campanhas educativas voltadas para a prevenção de doenças, promoção da saúde sexual e reprodutiva, e desconstrução de estereótipos de gênero.
Investimento em Pesquisa: Incentivo a estudos que investiguem as especificidades da saúde feminina, especialmente em grupos vulneráveis, como mulheres negras, indígenas e LGBTQIA+.
Olhando adiante
A saúde da mulher no Brasil é um reflexo das conquistas e contradições de uma sociedade em transformação. Embora tenham sido alcançados importantes avanços, ainda há muito a ser feito para garantir que todas as mulheres, independentemente de sua origem ou condição social, tenham acesso a serviços de saúde de qualidade, respeito aos seus direitos e condições dignas de vida.
O futuro depende de um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e instituições internacionais para construir um sistema de saúde inclusivo, resiliente e capaz de responder às necessidades das mulheres em todas as etapas de suas vidas. Trata-se de um compromisso, não apenas, com a saúde feminina, mas com o desenvolvimento humano e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Por fim, a luta pela saúde da mulher é, acima de tudo, uma luta pelos direitos humanos fundamentais. E isso requer atenção constante, diálogo aberto e ação do Poder Público.
Em 2025, surgiram dispositivos vestíveis inovadores para a saúde da mulher. O Hormômetro, da Eli Health, analisa hormônios na saliva e fornece insights em tempo real. A identifyHer apresentou o Peri, que monitora sintomas da perimenopausa. Além disso, anéis inteligentes, como o Rare da Ultrahuman, monitoram frequência cardíaca, sono e níveis de estresse. Esses dispositivos oferecem dados valiosos para o bem-estar feminino.
A saúde da mulher está sendo transformada por inovações médicas e tecnológicas. A medicina personalizada, que utiliza informações genéticas para tratamentos mais eficazes, está em ascensão. Além disso, terapias regenerativas com células-tronco estão sendo aplicadas para rejuvenescimento da pele e tratamento de cicatrizes. A telemedicina também está em expansão, permitindo consultas remotas e monitoramento contínuo da saúde. Dispositivos vestíveis, como smartwatches, monitoram sinais vitais em tempo real, promovendo a saúde preventiva. Essas tendências estão revolucionando o cuidado da saúde feminina, tornando-o mais acessível e personalizado.
Um ponto que sempre desperta bastante atenção do universo feminino é, sem dúvidas, as técnicas de beleza e, principalmente, a saúde da pele. Para este ano, as principais tendências para rejuvenescimento da pele incluem a estética regenerativa, que estimula a regeneração natural da pele, e o uso de bioestimuladores de colágeno, que promovem firmeza e rejuvenescimento. Além disso, há um foco crescente em tratamentos personalizados, utilizando inteligência artificial para análises precisas da pele e recomendações de produtos e procedimentos adequados.
Não obstante, existe uma forte tendência na utilização de capsulados e substâncias manipuladas utilizando técnicas de homeopatia, que vem ganhando cada vez mais espaço. Os produtos são classificados, pela Anvisa, Agência de Vigilância Sanitária, como suplementos alimentares ou vitamínicos, onde não há efeitos prejudiciais à saúde. No entanto, é sempre bom saber a procedência desses itens de saúde.
A substância mencionada nas redes sociais focadas em teorias da conspiração é, possivelmente, o adrenocromo, é um composto químico resultante da oxidação da adrenalina. No entanto, não há evidências científicas que comprovem seu uso para rejuvenescimento da pele.
Embora tenha ganhado atenção popular, especialmente em teorias de conspiração, não há nenhuma base científica comprovando que o adrenocromo tenha efeitos de rejuvenescimento ou benefícios para a pele.
Alguns rumores e teorias, frequentemente espalhados em redes sociais e em círculos de celebridades, associam o adrenocromo a supostos efeitos antienvelhecimento, mas esses claims "interações" não são respaldados por estudos científicos confiáveis. Essa teoria ganhou bastante força com o lançamento do polêmico filme "A Substância" estrelado pela consagrada Demi Moore; o longa contém cenas muito fortes e intrigantes. Digamos que um tanto perturbadoras e supreendentes com a transformação da personagem principal após injetar a tal substância em seu organismo.
A maioria dos especialistas em dermatologia e medicina estética considera que o uso de substâncias sem respaldo científico pode ser perigoso. Em termos de tratamentos de rejuvenescimento para a pele, os métodos mais eficazes e amplamente aceitos incluem o uso de bioestimuladores de colágeno, terapias de células-tronco e tratamentos a laser, que estimulam a regeneração celular de maneira mais segura e eficaz.
Em um universo onde a cada ano surgem mais e mais técnicas de cuidados estéticos, vale ressaltar que não existem milagres e que consultar um dermatologista ou um profissional, devidamente, qualificado é, evidentemente, a melhor opção. Não caia em truques de beleza muito mirabolantes ou não se deixe levar por procedimentos que estão muito abaixo do preço de mercado que o efeito pode não ser o esperado e, ainda, prejudicar sua saúde, em alguns casos, podendo levar a fatalidade, como já vimos em diversas situações divulgados pela imprensa. Seja vaidosa, mas tenha bom senso e seja feliz da forma que você é pode ser.
O seguro de carro para mulheres costuma ser, em média, mais barato que para os homens. Mas por que isso acontece?
Na prática, as seguradoras utilizam dados estatísticos para calcular o preço das apólices. Esses registros mostram que as mulheres, em geral, estão menos envolvidas em acidentes graves, dirigem com mais cautela e acumulam menos infrações de trânsito. Com base nessas informações, as empresas concluem que as mulheres representam um menor risco, o que resulta em apólices com valores reduzidos.
Um exemplo prático dessa cautela é a enfermeira Rosa Alvorável, que, com 14 anos de habilitação, nunca recebeu uma multa de trânsito. Rosa afirma que adota diversos cuidados ao dirigir: "Uso sempre o cinto de segurança e observo se todos no carro estão usando também. É necessário ter cuidado redobrado, porque, além de mim, estou transportando outras vidas. Procuro dirigir com atenção e calma", relata.
Eduardo Alves, instrutor de trânsito do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), reforça essa ideia, afirmando que as infrações cometidas por mulheres são, de fato, menos frequentes. "Entre os que dirigem sob influência de álcool, por exemplo, o número de mulheres é significativamente menor", afirma o agente.
Outros fatores que influenciam no preço do seguro
Além do perfil mais cauteloso das mulheres, outros fatores também influenciam o preço do seguro, como o modelo do veículo e a região em que ele circula. Outro ponto relevante é que, apesar de o número de mulheres condutoras estar aumentando, elas continuam apresentando melhores índices de segurança no trânsito.
De acordo com o Registro Nacional de Carteira de Habilitação (Renach), o número de mulheres habilitadas cresceu 15% entre 2018 e 2022. Ainda assim, os homens lideram os números de fatalidades no trânsito. Em 2022, dos 3.361 motoristas que morreram em acidentes de trânsito, 92,7% eram homens e apenas 7,3% eram mulheres, segundo dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga-SP).
Com base nesse histórico positivo, os seguros para mulheres tendem a ser mais acessíveis. Um levantamento da corretora Minuto Seguros aponta, por exemplo, que o valor médio do seguro para o modelo Onix Sedan Plus é de R$ 4.677,51 para homens. Já para mulheres, o custo médio cai para R$ 2.238,59.
Vemos que mais uma vez as garotas levam vantagens em cima dos marmanjos, demonstrando que, no volante, elas mandam muito bem, sim senhor. Ficando evidente a superioridade feminina frente a um universo dominado pelos homens. Parabéns meninas.
As festas de final de ano sempre chegam como um convite para desacelerar, mas, para muitas mulheres, o cansaço vai além do mês de dezembro – ele é uma constante em suas vidas. Entre cuidados com a casa, jornadas no trabalho, criação dos filhos e tantas outras responsabilidades, o descanso se transforma em um sonho distante. Essa rotina intensa não reflete se reflete, apenas nas festividades, são desafios profundos que ecoam na estrutura da sociedade.
Fátima Torri, jornalista e empresária, conhece bem essa realidade. Fundadora da plataforma “Fala Feminina” em 2020, ela criou um espaço para mais de 200 mil mulheres se conectarem com conteúdos de autocuidado, conscientização e transformação. Uma pesquisa recente da plataforma, realizada com 1.144 mulheres de diferentes regiões do Brasil, revelou dados alarmantes sobre a sobrecarga feminina.
Quando o cansaço vira regra
Na pesquisa, 63% das entrevistadas indicaram níveis elevados de exaustão, citando o acúmulo de responsabilidades como o maior vilão. A ausência de uma rede de apoio consistente é um agravante, sendo que, muitas vezes, o suporte das mulheres vem de outras mulheres – mães, irmãs ou amigas – enquanto cônjuges raramente assumem esse papel.
“Sem uma rede sólida, as mulheres acabam sobrecarregadas, equilibrando múltiplos papéis sozinhas”, explica Fátima.
A divisão desigual das tarefas domésticas foi um dos pontos que mais chamou atenção. Em lares onde há uma divisão mais justa, apenas 22% das mulheres relataram níveis críticos de cansaço. Já nos lares onde a contribuição dos parceiros é quase inexistente, esse número salta para 36%.
“Muitas vezes, a divisão de tarefas só acontece quando a mulher é a principal provedora da casa”, comenta Fátima, reforçando a urgência de mudar esse cenário.
No trabalho, os desafios continuam
No ambiente profissional, a situação também é desafiadora. Muitas mulheres enfrentam resistência para ocupar posições de liderança e acabam escondendo momentos pessoais importantes, como gravidez ou separações, por medo de julgamentos. “Uma entrevistada relatou que omitiu sua separação durante um processo seletivo, temendo ser vista como incapaz de equilibrar carreira e vida pessoal. Outra participante foi excluída de um processo de residência médica por ser mãe”, compartilha Fátima.
As histórias e dados apresentados pela “Fala Feminina” reforçam a necessidade de transformar, não apenas os lares, como também, os ambientes corporativos e as estruturas sociais. As mulheres têm carregado o peso de cuidar do presente, do passado e do futuro, mas é possível sonhar com um cenário onde essa responsabilidade seja compartilhada e valorizada.
Autonomia financeira - um suspiro de liberdade
A autonomia financeira desempenha um papel crucial na satisfação e qualidade de vida das mulheres. Segundo a pesquisa da “Fala Feminina”, 80% das participantes estão empregadas, e 60,1% dividem as despesas com o parceiro, enquanto 11,7% são as principais provedoras. Um dado animador aponta que, em lares onde responsabilidades financeiras e domésticas são compartilhadas, a felicidade nos relacionamentos alcança impressionantes 88%.
“Quando a mulher tem autonomia financeira e divide as responsabilidades, o cansaço diminui, e a conexão no relacionamento se fortalece”, afirma Fátima Torri.
Assédio e desigualdade no ambiente corporativo
Embora 80% das mulheres entrevistadas estejam no mercado de trabalho – distribuídas como funcionárias de empresas (27%), empreendedoras (20%) e servidoras públicas (10%) –, a pesquisa da “Fala Feminina” revela que a jornada ainda é repleta de desafios. Apenas 6% se identificam no tradicional papel de dona de casa, entretanto, mesmo com maior participação no mercado, a equidade ainda parece distante.
Mais da metade das mulheres (57%) relatam tratamento desigual em comparação aos homens, enquanto 52% enfrentam assédio, discriminação e falta de oportunidades. Além disso, muitas relatam que a maternidade e os cuidados com a família prejudicam suas carreiras (52%), enquanto 51% apontam resistência à liderança feminina e 49% citam restrições no acesso a oportunidades de desenvolvimento.
“Estudo muito mais que meu cônjuge, tenho formação e especialização muito além dele e sou bem menos remunerada”, desabafou uma das participantes, evidenciando a luta diária por reconhecimento.
Entre as empreendedoras, 48,6% abriram seus negócios por necessidade. No entanto, a falta de capital e de apoio se tornam barreiras constantes nessa jornada.
As mulheres representam a maioria da população brasileira (51,5%, segundo o Censo Demográfico 2022), o peso de suas demandas e desafios não pode ser ignorado. “As mulheres cuidam do futuro criando filhos para a sociedade, e do passado assistindo idosos, mas não conseguem cuidar de si mesmas”, destaca Fátima Torri.
Para a fundadora do “Fala Feminina”, é essencial implementar políticas públicas e mudanças corporativas que apoiem a saúde mental, física e profissional das mulheres. Apesar dos avanços legais, como a Constituição de 1988 e a Lei nº 14.611/2023 sobre igualdade salarial, ainda existem lacunas significativas:
Falta de creches: Muitas mães, especialmente nas periferias, não têm onde deixar seus filhos, o que limita suas possibilidades de trabalhar ou estudar. “A ausência de creches para crianças de 0 a 3 anos é um problema crítico a ser resolvido”, aponta Torri.
Desigualdade salarial: Apesar da legislação vigente, as mulheres ainda recebem, em média, 17% menos que os homens em funções equivalentes, segundo o Censo de 2022.
Violência doméstica: Mesmo com a Lei Maria da Penha, a violência contra a mulher ainda é alarmante. Torri menciona que os feminicídios no Brasil atingiram um recorde de 1.467 vítimas em 2024, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Centros de referência para mulheres em situação de vulnerabilidade são importantes, mas ainda insuficientes.
A construção de um futuro mais justo
O cenário atual expõe a falta de um compromisso real das instituições em criar um ambiente mais equitativo para as mulheres. “Se a vida das mulheres fosse prioridade, já teríamos soluções implementadas dentro e fora do mercado de trabalho. Porém, muitos avanços ainda são vistos como custo, e não como investimento”, critica Torri.
Somente em uma sociedade onde a equidade de gênero seja verdadeira, a vida das mulheres poderá ser vivida com liberdade, dignidade e igualdade. É hora de transformar palavras em ações para construir um futuro onde o potencial feminino seja plenamente reconhecido e valorizado.
Maternidade: amor e desafios
Para muitas mulheres, a maternidade é um dos capítulos mais desafiadores de suas vidas. A pesquisa revelou que 54,8% das entrevistadas percebem a maternidade como um trabalho em tempo integral, enquanto 67,8% das mães consideram “muito desafiador” equilibrar as demandas da carreira com a criação dos filhos.
“Cuidar dos filhos é uma entrega de amor, mas também é uma jornada exaustiva, sem pausas. Essa realidade afeta tanto a saúde mental quanto as oportunidades de crescimento profissional”, compartilhou uma das participantes.
Torri destaca a falta de políticas públicas e iniciativas corporativas que apoiem as mães, como salas de amamentação, horários flexíveis e suporte emocional. Essas iniciativas ainda são exceções em muitas empresas, no entanto, poderiam transformar a experiência da maternidade em algo menos sobrecarregado.
Reinventando o envelhecimento
Um aspecto positivo da pesquisa é a percepção otimista sobre o envelhecimento. Para 64,8% das entrevistadas, a velhice só começa aos 80 anos. Essa visão reflete um movimento de mulheres que priorizam saúde, bem-estar e sexualidade, redefinindo o que significa envelhecer.
“Elas estão ressignificando a juventude e vivendo cada fase com autenticidade e força”, diz Torri.
Todavia, o envelhecimento ainda é cercado por desafios. Para 97,5% das participantes, os idosos no Brasil não recebem o respeito e cuidado merecidos. 36% das Mulheres entrevistadas acima de 50 anos apontaram a saúde como um ponto crítico nos cuidados com as pessoas mais maduras, o isolamento social é um outro fator a ser considerado para 24% e o preconceito (18%); sendo estes os principais problemas associados à velhice. “A sociedade brasileira exalta a juventude ao extremo, excluindo o idoso de novelas, séries e propagandas. Precisamos de políticas públicas que valorizem nossos idosos – começando, por exemplo, pela melhoria das calçadas, para que possam caminhar com segurança e dignidade”, destacou Torri.
Por fim, os dados revelados pela pesquisa reforçam que, apesar dos desafios, as mulheres têm buscado ressignificar seus papéis, lutando por igualdade, respeito e bem-estar em todas as fases da vida. Ao enfrentarem as dificuldades com coragem e união, elas continuam mostrando que são a força transformadora da sociedade.
Que a voz de mulheres como Fátima Torri continue inspirando mudanças e mostrando que, juntas, podemos construir um futuro mais acolhedor e justo para todas.